O desenvolvimento de feridas, decorrentes das bolhas que estouram, é uma das características mais marcantes da Epidermólise Bolhosa. Contudo, o fato de a EB ser a causa das feridas não implica que todas sejam iguais: muito pelo contrário. Com o rompimento da pele, a lesão pode se desenvolver de diferentes formas, adquirindo forma, profundidade e tamanhos distintos. Por isso, quando falamos de curativo para Epidermólise Bolhosa, é preciso saber escolher e aplicar a solução ideal.
Como apontado, cada ferida é diferente e, por isso, antes de escolher um curativo, é preciso realizar uma extensa avaliação da lesão e considerar suas características individuais para garantir que a cobertura atenda, de fato, as necessidades daquele paciente e seja adequada para aquela lesão específica.
Portanto, ao escolher a cobertura, é necessário considerar diversos fatores, tais como:
- Quantidade de exsudato;
- Tamanho e profundidade da lesão;
- Presença de infecção ou biofilme;
- Tipo de tecido presente (por exemplo, granulação, epitelização ou necrótico);
- A fase da cicatrização na qual a ferida se encontra.
Assim, considerando todos esses fatores, é possível escolher uma cobertura que seja adequada às características específicas da ferida e atenda ao máximo possível as necessidades do paciente.
Sumário
ToggleQual é o curativo ideal para pessoas com Epidermólise Bolhosa?
Quando falamos de cuidados essenciais da Epidermólise Bolhosa, não podemos negligenciar a avaliação cuidadosa da pele. Verificar a condição das bolhas e das feridas é algo que deve ser feito todos os dias e, claro, as pessoas com EB e seus cuidadores precisam ser capacitados para o cuidado das lesões. Para garantir mais qualidade de vida para pessoas com EB, as rotinas e escolhas no cuidado das lesões devem equilibrar o estilo de vida do paciente e a eficácia dos produtos escolhidos.
Uma característica indispensável para os curativos usados no tratamento de feridas decorrentes da EB é uma camada de contato não aderente, pois ela é fundamental para garantir a integridade da pele ao redor da ferida, prevenindo o trauma e minimizando a dor.
Nesse sentido, é preciso evitar usar qualquer tipo de cobertura adesiva e, se for necessário usar um curativo desse tipo, é preciso aplicá-lo sobre as malhas ou ataduras, mas nunca diretamente sobre a pele.
Por último, é importante ficar atento aos sinais de infecção nas feridas e bolhas para, se for preciso, aplicar curativos com prata, que possuem propriedade antimicrobiana, garantindo o combate às infecções.
Como identificar e tratar a infecção em feridas da Epidermólise Bolhosa?
Os primeiros sinais de infecção em feridas incluem:
- Mudanças na quantidade e coloração do exsudato;
- Odor forte;
- Mais sangramento;
- Aumento de dor no local;
- Demora maior que o habitual para a cicatrização.
Se esses indicativos de que há um aumento na carga bacteriana ou de que existe uma infecção naquele local forem notados, é fundamental procurar o mais rápido possível a orientação de um médico ou enfermeiro especialista para que medidas contra a infecção sejam tomadas.
Como apontado, entre as medidas que podem ser adotadas para combater a infecção, está o uso de curativos antimicrobianos. Estes que devem ser aplicados de acordo com a recomendação do profissional de saúde que está acompanhando o caso.
Como aplicar curativos para Epidermólise Bolhosa corretamente em pessoas com EB?
Agora que já ressaltamos nas sessões anteriores a importância de escolher um curativo para Epidermólise Bolhosa adequado considerando as características específicas da ferida e, principalmente, a presença ou não de infecção, é preciso destacar também a importância de aplicar o curativo corretamente, garantindo mais segurança para a pessoa com EB. Confira nossas dicas:
- Antes de realizar o curativo, lave bem as mãos;
- Separe o material que irá utilizar, colocando tudo em uma área limpa;
- Observe a pele, verifique as lesões, cor, secreção, odor, se tem presença de pus ou se apareceram novas bolhas;
- Não apresse o processo, priorizando o conforto da pessoa com EB;
- Com movimentos suaves, limpe todas as lesões com solução fisiológica ou antisséptica, de acordo com a recomendação de um profissional da saúde;
- Utilize o curativo para Epidermólise Bolhosa que melhor se adapta às características da lesão;
- Posicione suavemente o curativo no local, usando, se necessário, malha tubular ou ataduras para fixar.
Por fim, é muito importante lembrar que o momento de aplicar um novo curativo ou realizar trocas pode ser bastante estressante para a pessoa com EB. Por isso, é preciso sempre priorizar o seu conforto, selecionando soluções que minimizem a dor e adotando táticas que possam tornar o momento de cuidado com as feridas uma experiência simples e não traumática.
Ref.:
Manual de cuidados para a Epidermólise Bolhosa – Programa EBA
Siga o Programa EBA nas redes sociais: